Câmara aprova indicação do Vereador Cícero Lira que solicita que realize uma sessão extraordinária, inclusive com profissionais qualificados em TEA

por adm publicado 29/04/2023 22h58, última modificação 29/04/2023 22h58
Câmara aprova indicação do Vereador Cícero Lira que solicita que realize uma sessão extraordinária, inclusive com profissionais qualificados em TEA

 

 

Na noite desta quinta-feira (27), a Câmara de Vereadores de São Sebastião do Umbuzeiro, votou e aprovou as indicações do vereador Cícero Josenaldo Alves de Lira, que solicita que realize uma sessão extraordinária, inclusive com profissionais qualificados em TEA.

Confira a indicação:

Indicação ao Poder Executivo n.° 001/2023 Em, 12 de Abril de 2023

O Parlamentar que a este subscreve, no uso de suas legais atribuições, na forma estabelecida no Regimento Interno dessa casa, faz saber que apresentou para aprovação no Plenário da Câmara Municipal a seguinte indicação: Indica a Mesa diretora desta augusta Casa Legislativa^ que realize uma sessão extraordinária, inclusive com profissionais qualificados em TEA, com o propósito de debater políticas públicas de educação e saúde, visando atender as famílias que têm em seu ceio familiar crianças com autismo.

No Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo. 2 de abril, quatro pessoas falam sobre suas experiências com o transtorno.

“Finalmente pude entender por que era do jeito que era. Você não pode imaginar o alívio que senti”, diz Sudhanshu Grover à BBC.

“Tenho dois filhos autistas e trabalho com crianças autistas, mas nunca suspeitei que pudesse ser autista”, acrescenta.

“Moradora de Nova Déli, na índia, Sudhanshu foi diagnosticada com a condição aos 40 anos”.

Alis Rowe, que também recebeu o diagnóstico na idade adulta, faz coro com Sudhanshu.

“Foi uma explicação para toda a minha vida”, diz.

“Passei a vida inteira me sentindo ansiosa, isolada e ‘diferente’ de todos ao meu redor. Encarava a vida de uma forma muito menos tranqüila. Foi muito reconfortante e útil perceber que havia um nome para o que eu estava passando e que muitos outros tiveram os mesmos problemas”, diz Alls, que mora no Reino Unido.

Os dados mundiais sobre TEA ou Transtorno do Espectro Autista costumam ser difíceis de obter, porque a condição não é reconhecida ou diagnosticada da mesma forma em todos os países. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 160 crianças tem TEA no mundo – mas ainda não há números globais confiáveis para adultos. Nos Estados Unidos, onde os dados foram coletados sistematicamente, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), ligados ao Departamento de Saúde (equivalente ao Ministério da Saúde no Brasil), estimam que 2,21% da população adulta têm TEA.

No Brasil, não há números oficiais. A estimativa em 20219 é que cerca de 2 milhões tenham o transtorno. A OMS descreve o TEA como um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação e o comportamento e que pode ser diagnosticado em qualquer idade. O autismo é um espectro: isso significa que cada pessoa autista experimenta diferentes combinações de traços autistas, em diferentes intensidade. Normalmente, a condição é detectada na infância porque os sintomas tendem a surgir nos primeiros dois anos de vida, mas muitas pessoas só percebem que têm TEA na idade adulta ou nunca foram diagnosticadas. É importante notar que o autismo não é uma doença ou enfermidade — o cérebro de uma pessoa com TEA só funciona de maneira diferente do de outras pessoas. Não há “cura” para o autismo — se você é autista, é autista a vida inteira — mas indivíduos com TEA podem se beneficiar ao obter o tipo certo de apoio para suas necessidades específicas. Faz-se necessário que as escolas tenham funcionários capacitados para lidar com as pessoas com autismo e para isso deve haver capacitação. Mas não só isso, também é importante compreender que não devemos pensar apenas no paciente com autismo e colocá-lo dentro de uma sala e realizar as terapias. Precisamos também pensar na família como um todo, incluindo-a nos atendimentos, ensinando como lidar com essas crianças em casa, porque elas irão ficar o maior tempo com as crianças em casa. A família tem que estar incluída, porque se você trata só a criança, ela até pode ser funcional no atendimento, mas ela precisa ser funcional pra vida, seja em casa, na escola, ou seja, em todos os ambientes que ela irá participar.

Face ao exposto e considerando a importância dessa propositura, apresento neste Legislativo a presente Indicação, para a qual conto, com o apoio dos ilustres Vereadores para sua aprovação.

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